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Nome
Períodos de Governo 15.11.1922 a 15.11.1926
Local de Nascimento Viçosa, MG Nascimento 08/08/1875 Falecimento 23/03/1955
  Dados biográficos

Advogado, nascido na cidade de Viçosa, estado de Minas Gerais, em 8 de agosto de 1875, formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1900. Foi colaborador e diretor do jornal A Cidade de Viçosa (1903-1905). Vereador em Viçosa (MG) pelo Partido Republicano Mineiro (PRM) de 1905 a 1906, neste último ano chegou à presidência da Câmara Municipal, acumulando o cargo de prefeito da cidade. Pelo mesmo partido, foi deputado estadual (1907-1909), e cumpriu dois mandatos como deputado federal (1909-1910 e 1915-1917). Nomeado secretário das finanças do estado de Minas Gerais (1910-1914), criou a Caixa Beneficente dos Funcionários do Estado em 1912, que dez anos depois se transformou em Providência dos Funcionários do Estado, além de contribuir para a instalação do Banco Hipotecário Agrícola, hoje Banco do Estado de Minas Gerais. Foi presidente de Minas Gerais (1918-1922). Por meio de eleição direta, assumiu a presidência da República em 15 de novembro de 1922. Eleito senador em 1927, viaja para a Europa no dia seguinte à posse, devido à pressão popular relativa a acusações de fraude, somente participando dos trabalhos em maio de 1929. Um dos articuladores da Revolução de 1930 em Minas Gerais, torna-se um dos líderes da Revolução Constitucionalista de 1932 naquele estado, sendo preso e exilando-se em Lisboa. Anistiado em 1934, elege-se deputado estadual. Torna-se então deputado constituinte e depois federal (1935-1937). Decretado o Estado Novo (1937), tem sua liberdade de locomoção restrita ao Rio de Janeiro e a Viçosa, até ser confinado em sua fazenda nesta última cidade (1939). Líder do PRM (1918-1932), chegou a ser membro da comissão diretora do Partido Social Nacionalista (PSN) em 1932, mas acabou retornando ao seu antigo partido, onde foi eleito presidente de honra (1933-1936). Um dos signatários do Manifesto dos Mineiros (1943), foi um dos articuladores da candidatura do major-brigadeiro Eduardo Gomes à presidência da República (1944-1945). Torna-se membro da comissão diretora provisória da União Democrática Nacional (UDN) em 1945, mas no mesmo ano foi um dos fundadores do Partido Republicano (PR), do qual foi inclusive seu primeiro presidente. Foi um dos presidentes de honra do Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e Economia Nacional (1948). Eleito deputado constituinte pelo PR mineiro em 1946, tornou-se depois deputado federal de 1946 a 1955, quando foi reeleito mas não chegou a participar dos trabalhos, devido ao seu falecimento, no Rio de Janeiro, em 23 de março de 1955.

Período presidencial

O governo de Artur Bernardes sofreu forte instabilidade política gerada pelas revoltas tenentistas contra as oligarquias dominantes e pelo avanço do movimento operário, o que o levou a governar permanentemente em estado de sítio. A candidatura pela quinta vez de Borges de Medeiros, líder do Partido Republicano Rio-grandense, à presidência do estado deflagrou uma guerra civil envolvendo a oposição no Rio Grande do Sul. A oligarquia dissidente gaúcha, agrupada na Aliança Libertadora, contava com o apoio federal ao candidato Assis Brasil. Borges de Medeiros, para defender sua posição, organizou os Corpos Provisórios sob o comando de Flores da Cunha, Oswaldo Aranha e Getúlio Vargas, entre outros, além de contratar mercenários uruguaios. Após meses de confrontos, foi assinado um acordo entre Borges de Medeiros e Assis Brasil, em 14 de dezembro de 1923, no qual o governo federal reconheceu Borges de Medeiros como presidente do Rio Grande do Sul, não permitindo, entretanto, uma nova reeleição.
O movimento tenentista eclodiu, no Rio Grande do Sul, em 1923, com o apoio da Aliança Libetadora, atingindo também Santa Catarina e Paraná. No ano seguinte, foi a vez de parte das guarnições militares paulistas aderir ao movimento. Depois de vários dias de combate, a cidade de São Paulo ficou sob seu controle, após a fuga do governador Carlos Campos. A rebelião foi planejada por militares envolvidos no golpe fracassado de 1922, entre eles o tenente Eduardo Gomes, um dos sobreviventes dos "18 do Forte". Artur Bernardes ordenou o bombardeio da cidade, a partir do dia 11 de julho de 1924. A população paulista abandonou a cidade e o saldo do ataque foi de 503 mortos e cerca de 4.800 feridos. Sem condições de resistir às pressões das tropas legalistas, aproximadamente 3.500 revoltosos dirigiram-se ao encontro das tropas gaúchas, lideradas por Luís Carlos Prestes e Mário Fagundes Varela.
O presidente Artur Bernardes ainda enfrentou a Coluna Prestes, formada em 1925, sob o comando do tenente Luís Carlos Prestes, que percorreu o interior do país durante dois anos procurando sublevar as populações contra o seu governo e as oligarquias dominantes.

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 DetentorArquivo Público Mineiro
Acervo: Artur Bernardes
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